quarta-feira, 13 de julho de 2011

Super - ICSI X Aborto

A descoberta de novos métodos para selecionar embriões de melhor qualidade tem sido um desafio para embriologistas e especialistas em infertilidade no mundo inteiro. O mais importante é que a chance de gravidez de um casal depende fundamentalmente da qualidade do embrião, que é produzido pelo espermatozóide e o óvulo. Isto quer dizer que a qualidade dos gametas é extremamente importante para a produção de um embrião saudável e para a obtenção de gravidez.
Em 1992, a escola Belga revolucionou a infertilidade quando desenvolveu a técnica de ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozóides) na qual um único espermatozóide é introduzido no óvulo. Contudo, pesquisas recentes confirmam que a microinjeção de espermatozóides com anomalias nucleares freqüentemente resultam em diminuição nos índices de gestação e aumentam as taxas de aborto. Hoje sabe-se que danos no DNA dos espermatozóides pode explicar falhas na obtenção de embriões pela técnica de ICSI. Além disso, produziriam um aumento nas taxas de abortamento.  

Em janeiro de 2007, pesquisadores da Universidade de Tel-Aviv demonstraram que a incidência de alterações cromossômicas tem correlação positiva com a morfologia anormal do espermatozóide, ou seja, quanto mais severa a anormalidade morfológica maior a incidência de alterações genéticas nestes espermatozóides.
Habitualmente, a ICSI é realizada empregando microscópio que permite a visualização do espermatozóide com um aumento de apenas 400 vezes. Recentemente, através de um sofisticado sistema de lentes de amplificação de imagens é possível realizar uma nova técnica de ICSI, batizada  como SUPER-ICSI. Através de um microscópio equipado com um sistema de alto poder de resolução, com o qual se obtém aumento de 8500 a 12500 vezes, é possível avaliar, com precisão, as características do núcleo, do pescoço e da cauda dos espermatozóides com lesões de cromatina nuclear. O SUPER-ICSI permite selecionar os espermatozóides com morfologia perfeita, acarretando um aumento nas taxas de gestação e uma diminuição no número de abortos. 
Estudos comparativos verificam que com ICSI convencional as taxas de gravidez obtidas eram de 25% e com o SUPER-ICSI as taxas de gestação dobraram. 

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